O Brasil terá uma recuperação econômica em “V” este ano, fechando 2021 com crescimento do PIB em 5%, apesar de não ser uniforme, afirmou hoje o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluly Filho. Mas, para ele, o maior desafio não é comparar o desempenho deste ano com o do ano passado e sim enfrentar uma agenda de crescimento sustentável, já que em 2022 o banco estima que a economia não vai crescer mais do que 2%.
“A melhor política econômica neste momento é a aceleração da vacinação. Não há nada melhor. O país e as empresas reaprenderam a operar nesse cenário. Está todo mundo reaprendendo, mas precisamos enfrentar uma agenda de crescimento sustentável de longo prazo , afirmou Maluly.
O executivo afirmou que vê a economia deste ano de forma positiva, e atribui esse resultado à ação rápida do sistema bancário no ano passado. “O país e o Banco Central entenderam muito rápido de como se deveria expandir os gastos no ano passado, o que foi fundamental para essa retomada”, disse, durante o Ciab Febraban 2021, que começou hoje.
Maluly observou ainda que, durante o início da crise do ano passado, questionavam os banco se haveria um represamento de liquidez, o que foi revertido com o papel de protagonistas do segmento, afirmou. “O sistema financeiro liberou mais de R$ 4,5 trilhões no ano passado, com carteiras que cresceram 18% em momento muito delicado. Todos os bancos flexibilizaram as linhas de crédito”, lembrou. .
O desafio não é olhar isoladamente o ano de 2021 e fazer comparação com o ano de 2020. É verdade que tem recuperação em V, quando olhamos um ano contra o outro, mas o nosso desafio é o crescimento sustentável e de médio e longo prazo. “As nossas expectativas pra 2022 contém um crescimento mais tímido do que devemos observar este ano, mais próximos 1,8%, mas a mensagem que fica é disciplina que devemos continuar tendo, sem espaço fiscal para entrar com agenda forte de produtividade, investimento e crescimento. E fazer com que a economia avance com as próprias pernas.
Devemos focar 2021 como o ano das reformas, e essa deve ser a prioridade máxima. “A melhor política econômica neste momento é a aceleração da vacinação. Não a nada melhor. O país e as empresas reaprenderam a operar nesse cenários, vimos os indicadores de forma bastante positiva. Está todo mundo reaprendendo, mas precisamos enfrentar uma agenda de crescimento sustentável de longo prazo e tem que ser o objetivo.